Amor, des que m'a vós cheguei

General Note

Esta é a primeira composição que nos é transmitida pelo Cancioneiro da Biblioteca Nacional, e também o primeiro dos cinco lais com os quais o compilador decidiu abrir a sua grande recolha da poesia trovadoresca. Trata-se de um curto conjunto de composições relativas à chamada "Matéria de Bretanha", de autor ou autores desconhecidos, algumas delas, aliás (como é precisamente o caso desta primeira), atribuídas pelas suas rubricas às próprias personagens que põem em cena.
Para algumas das cinco composições é possível localizar a fonte (o que foi feito por Carolina Michaelis4 e, mais recentemente, por Harvey Sharrer1, Megale2 ou Arbor Aldea3). Este primeiro lai é a tradução livre do "Lai de Hélys" (Elis, na tradução), incluído no Tristan en prose. Como explica a rubrica, é cantado por Elis, em honra de Isolda, por quem se apaixona quando procura vingança de Tristão.
Bibliographic references
1 Sharrer, Harvey (1988), “La materia de Bretaña en la poesía gallego-portuguesa.” in Actas del I Congreso de la Asociación Hispánica de Literatura Medieval: Santiago de Compostela, 1985, Ed.Vicenç Beltrán. Barcelona: PUP, Barcelona: PUP
2 Megale, Heitor (2002), “As cinco cantigas bretãs portuguesas”, Santa Barbara Portuguese Studies, VI,
3 Arbor Aldea, Mariña (2010), "Lais de Bretanha galego-portugueses e tradición manuscrita: as relacións entre B e L", in XXV Congrès Internationale de Linguistique et Philologie Romanes, Insbruck, 2007, Berlin-N.York, De Gruyter
4 Vasconcelos, Carolina Michaëlis de (1900), "Lais de Bretanha", in Revista Lusitana, VI, Access the web page