General Note
São três as cantigas a que a rubrica se refere, esta e duas outras. Todas elas se dirigem à abadessa do mosteiro de S. Cristõvão de Dormeá (a norte de Santiago, no c. de Boimorto), ao que parece prima do trovador, que a servia - até ao momento em que ela aceita dádivas de um cavaleiro-vilão. As cantigas estão em nítida sequência cronológica, assumindo um tom progressivamente mais escarninho. De facto, nesta primeira composição, são ainda utilizadas muitas expressões próprias do amor cortês. Mas trata-se já, de qualquer forma, como anunciam os primeiros versos, de uma cantiga de despedida.Embora desconheçamos o nome da abadessa, crê Souto Cabo1 que ela seria da linhagem dos Trava, fundadores do referido mosteiro (especificamente, D. Lupa Peres de Trava e seus filhos), linhagem com a qual Fernão Pais tinha ainda laços de parentesco, motivo que poderá justificar a referência a ser a abadessa sua prima.
Bibliographic references
1
Souto Cabo, José António
(2011),
"Fernando Pais de Tamalhancos, trovador e cavaleiro", Revista de Literatura Medieval, nº, 23,
Alcalá de Henáres
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