Já m'eu, senhor, houve sazom

General Note

Dirigindo-se à sua senhora, o trovador diz-lhe que, se houve um tempo em que podia viver longe dela e sem a ver, agora já não pode. Ele quer, no entanto, retirar-lhe o único bem que lhe resta no mundo, e que é vê-la. Se acredita ter razões para isso, ele pede-lhe então que o mande claramente embora, obtendo a satisfação de o ver morrer. Mas, nas duas últimas estrofes, ele pede-lhe para reconsiderar, tentando suportar o pesar que ele lhe causa, pois, se tiver de partir, morrerá. E embora ela não acredite nisto, porque não sabe o que é o amor, ele espera que Deus permita que seja ele a ensiná-la. E espera enfim que o gosto que ele tem em falar-lhe seja correspondido pelo gosto que ela passe a ter em ouvi-lo, se Deus permitir que ele deixe de ter medo dela.