A cantiga, apenas transcrita em B 140, apresenta-se, juntamente com a que a segue (B 141), imediatamente sob a rubrica atributiva "Pero Velho de Taveirós", o que parece coincidir com a indicação do índice Colocci (que atribui a este trovador os números 140-143). Mas a referida rubrica atributiva tem do seu lado direito uma mão desenhada por Colocci, que parece ligar o nome do trovador à rubrica explicativa da cantiga B 142, uma tenção entre Pero Velho e seu irmão Paio Soares de Taveirós. Isto poderia indicar que o nome Pero Velho de Taveirós se referiria apenas à tenção da coluna à direita (que, de facto, não tem rubrica atributiva), e não às duas cantigas da coluna da esquerda, que poderiam ainda ser do trovador imediatamente anterior, Nuno Eanes Cerzeo.
A este propósito, pode ler-se, no entanto, o detalhado estudo de Déborah González1 sobre a ocorrência desta "mãozinha" colocciana em B, e que conclui pela quase certa atribuição das referidas cantigas a Pero Velho.
Pero Velho de Taveirós
or
Nuno Anes Cerzeo
A este propósito, pode ler-se, no entanto, o detalhado estudo de Déborah González1 sobre a ocorrência desta "mãozinha" colocciana em B, e que conclui pela quase certa atribuição das referidas cantigas a Pero Velho.
General Note
Nomeando, por uma vez (o que é raro neste género de cantigas), a sua senhora, D. Maria, o trovador diz-lhe que, se ela não entende o amor que lhe tem e o sofrimento que padece, e do qual qualquer pessoa se condoeria, ele entende muito bem o mal que ela lhe quer. A cantiga está visivelmente incompleta.O facto de o trovador nomear a sua senhora, aliado a um certo tom de risonha exasperação, singularizam esta composição. Infelizmente, torna-se impossível identificarmos a dama, o que não nos permite avaliar cabalmente o sentido desta referência.
Resources Words "Rima"
(v. 4 de cada estrofe)<br><i>o mal que mi queredes </i>