Quinta e última cantiga de um conjunto de cinco composições que nos foram transmitidas por A de forma anónima, como habitualmente (e num folio avulso, que segue imediatamente uma das suas lacunas). Embora esta quinta composição do grupo seja igualmente transmitida por B, e aí seguindo uma série de cantigas de amigo de João Peres de Aboim, o conjunto tem levantado alguns problemas de atribuição, até pela posição anómala que a composição ocupa no apógrafo italiano. D. Carolina Michaelis, a partir da sequência de autores em B (II, p. 193), sugeriu que poderiam ser da autoria de Rodrigo Anes Redondo. Jean Marie d'Heur considerou que elas poderiam pertencer ainda a João Soares Coelho (o trovador imediatamente anterior em A), enquanto Tavani3 e Resende de Oliveira4, defendendo, tal como já tinha feito Nobiling (p. 224 s.)5, que o folio avulso onde surgem estas cinco cantigas está atualmente mal colocado, e analisando a sequência dos nomes de B e A nesta zona, avançam os nomes de Gonçalo Eanes do Vinhal ou João Peres de Aboim. Esta última sugestão, também já considerada por D. Carolina Michaelis (II, p. 206 s.), é a adotada pelos editores da Lirica Profana, que têm em conta o facto de, em B, esta quinta cantiga ser claramente atribuída a João de Aboim. Pensando que esta sugestão é plausível, mantivemos, no entanto, a indicação da dúvida.
Anónimo 2
or
João Peres de Aboim