O meu amigo, que mi gram bem quer

A cantiga, com algumas variantes, aparece uma segunda vez nos apógrafos italianos (B 1212, V 817), desta feita atribuída a Pedro Amigo de Sevilha. Embora sendo problemático decidirmo-nos taxativamente por um dos autores, a melhor qualidade da transcrição de B 794, V 378 (incluindo a finda, ausente na outra ocorrência) parece indicar que ela seria, efetivamente, da autoria de João Vasques de Talaveira. É esta, de resto, a opinião de Marroni1, a editora de Pedro Amigo.
Bibliographic references
1 Marroni, Giovanna (1968), "Le poesie di Pedr'Amigo de Sevilha", in Annali dell' Istituto Universitario Orientale, X,
João Vasques de Talaveira or Pedro Amigo de Sevilha

General Note

A donzela conta a uma amiga a situação paradoxal em que ela e o seu amigo se encontram: embora ele tente sempre obter os seus favores e ela esteja disposta a conceder-lhos, não conseguem coordenar-se quanto ao momento propício - quando ela poderia, ele não vem, e quando ele vem, ela não pode. Uma triste sina, mais adequada para quem não goste verdadeiramente do seu amigo.