Sei eu, donas, que deitad'é daqui

General Note

Esta cantiga, só transmitida por V, situa-se na sequência cronológica de uma anterior cantiga (essa presente em B e V), e satirizando as mesmas personagens. Banido do reino, o infante D. Henrique dificilmente poderia encarar um regresso. A sua pretensa amiga (a rainha-viúva D. Joana, sua madrasta) dispõe-se, pois, a ir em pessoa pedir o seu perdão ao rei (o seu outro enteado Afonso X).
Não sabemos se alguma cena semelhante se teria ou não produzido, mas, dadas as difíceis relações de Afonso X com ambos, o mais certo é tratar-se apenas de um imaginário e original cenário satírico. Não podemos igualmente saber se, por falta de rubricas explicativas como as que acompanham estas duas composições, outras cantigas de amigo teriam funcionado neste modo satírico "desviado".