General Note
Retomando a tenção anterior, continua a discussão entre Guilhade e Lourenço, agora centrada na questão dos pagamentos devidos ao jogral. Lourenço acha pouco o que recebe, Guilhade acha demais para os seus méritos e mais uma vez ameaça chegar a vias de facto.A tenção não obedece às normas regulamentares no que respeita às findas (o mesmo número para cada interveniente), uma vez que Guilhade finaliza com uma finda suplementar. Como lembra Lapa1, tal facto poderá ser, não um erro, mas um efeito teatral previamente ensaiado, de comentário e chamada de atenção para o erro de rima que Lourenço faz na sua última finda (que deveria terminar com rima em er, como a anterior de Guilhade, e não em ar).
Bibliographic references
1
Lapa, Manuel Rodrigues
(1970),
Cantigas d'Escarnho e de Maldizer dos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses, 2ª Edição,
Vigo, Editorial Galaxia