Nota geral
Sentindo-se morrer, o trovador pergunta (retoricamente) à sua senhora por que não usa para com ele da mesma cortesia que usa com todos. Em triste dia nasceu, exclama, se o seu destino é morrer assim! Na verdade, quem nunca a conheceu recebeu uma graça de Deus, que se mostrou cruel para todos aqueles que a conheceram, pelo menos os que não tiveram a sorte de ficar imunes ao desejo. Sorte têm também aqueles que, conhecendo-a, não sabem apreciar justamente o seu valor. Mas a sorte do trovador é a inversa: perceber a sua beleza e morrer por isso. E esse entendimento deu-lho Deus para o fazer viver na maior dor de quantas fez neste mundo.Recursos Dobre
(vv. 1 e 7 de cada estrofe)<br><i>hei (eu) a morrer</i> (I), <i>senhor</i> (II),<i> conhocer</i> (III), <i>maior</i> (IV)