- Vi eu donas em celado

Nota geral

Esta tenção entre os dois irmãos trovadores, cujo contexto a rubrica que acompanha a composição explica perfeitamente, não é propriamente um escárnio, mas antes um jocoso comentário a um episódio burlesco (e certamente juvenil), que se transforma num elogio a duas donzelas gémeas. De qualquer forma, tanto a situação como o tom de paródia cortês (repare-se no equívoco sobre o castigo, no final da primeira estrofe) são elementos burlescos incontestáveis.
Dado que D. Rodrigo e D. Maior estão documentados pela primeira vez como casados em 12231, a tenção terá de ser posterior a esse ano.
Referências
1 Monteagudo, Henrique (2008), Letras primeiras. O Foral de Caldelas, os primordios da lírica trobadoresca e a emerxencia do galego escrito, Corunha, Fundación Pedro Barrié de la Maza