Foi-s'agora meu amig'e por en

Nota geral

Nesta cantiga, o trovador joga ironicamente com os dois sentidos da palavra bem, no caso, o seu sentido literal, o único que a ingénua donzela tem em conta, e o sentido eufemístico que se subentendo das palavras do seu amigo (que a ama polo seu bem, ou seja, para obter os seus favores). Em concreto, ela diz-nos que, embora ele, à despedida, lhe tenha dito que a amava polo seu bem, ela está convencida que, pelo contrário, ambos irão morrer um pelo outro (o que não pode ser bem).
O trovador retoma este mesmo tema, de forma mais desenvolvida, numa outra cantiga de amigo.