A dona de Bagüin

Nota geral

Segunda cantiga dedicada à dona do Soveral (vide a primeira) e de matéria semelhante.
A composição levanta alguns problemas de edição, uma vez que em V as duas estrofes têm numeração independente, enquanto em B elas aparecem sob o mesmo número, como uma única cantiga, tal como a editamos aqui. Lapa1, no entanto, seguiu a indicação de V e fez de cada estrofe uma cantiga diferente, no que foi seguido por Pellegrini2. O problema prende-se com a irregularidade rimática e métrica da composição, na lição que nos chegou. No entanto, as duas estrofes parecem estar tão indiscutivelmente ligadas tematicamente que, apesar da estrutura métrica e rítmica ser algo bizarra, tudo leva a crer que se trata de uma única composição, como B testemunha. Souto Cabo3, de resto, edita também as duas estrofes como uma única composição.
Referências
1 Lapa, Manuel Rodrigues (1970), Cantigas d'Escarnho e de Maldizer dos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses, 2ª Edição, Vigo, Editorial Galaxia
2 Pellegrini, Silvio (1969), "Il canzionere de D. Lopo Liáns", in Annali dell'Istituto Universitario Orientale - Sezione Romanza, XI,
3 Souto Cabo, José António (2011), "Lopo Lias: entre Orzelhão e Compostela", Diacrítica, 25.3, Universidade do Minho Aceder à página Web