Bom casament'é, pera Dom Gramilho

Nota geral

João Soares Coelho aconselha um rico-homem, alegadamente impotente, a casar-se com uma mulher cuja categoria social não seria muito elevada (uma tendeira), mas cuja propensão para ter filhos era extraordinária - segundo o trovador, todos os meses engravidava. Seria assim muito azar se D. Gramilho não conseguisse ser pai.
A cantiga tem alguns pontos obscuros, nomeadamente o nome do rico-homem, de leitura difícil nos manuscritos. Lapa1 sugere ainda que talvez a noiva fosse de apelido Coelha. É uma hipótese que não podemos confirmar.
Referências
1 Lapa, Manuel Rodrigues (1970), Cantigas d'Escarnho e de Maldizer dos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses, 2ª Edição, Vigo, Editorial Galaxia