Nota geral
Cantiga de entendimento difícil, dada a dúvida na leitura de uma das suas palavras centrais,
corpes ou
torpes, ambas, aliás de sentido pouco claro. O visado é o mesmo jogral Martim Galo da
cantiga anterior dos manuscritos, e que parece aqui aproveitar-se de roupas e riquezas alheias (que não teriam sido dadas mas roubadas). Apesar dos problemas de leitura que a composição levanta, percebe-se a sua ironia, no equívoco com o sujeito do verbo
achar, o indefinido
um podendo ser
Martim Galo (que pode funcionar como vocativo ou aposto).