Nota geral
Numa nova paródia ao amor cortês, este "escárnio de amor" põe em cena uma dona que não dá o bem (como sempre acontece nas cantigas de amor), mas, no caso, porque o vende: para o trovador, aliás, o preço seria alto - um maravedi; outros o teriam conseguido por apenas um soldo (e queixando-se de que ainda por cima tinham feito mau negócio).Note-se que, até ao v. 6, a cantiga se desenvolve como uma perfeita cantiga de amor, só então mudando de registo (embora Pedro Amigo recorra a numerosos termos e expressões típicos do registo lírico ao longo de toda a composição, que termina, aliás, com uma finda que poderia figurar perfeitamente numa cantiga de amor).