A composição é, em B, atribuída a Pero Viviães, e em V, a Afonso Anes do Cotom. A maioria dos especialistas, por razões que se prendem essencialmente com a perfeição do trabalho do copista de B encarregado destes folios, têm considerado a sua atribuição a Pero Viviães mais plausível.
Pero Viviães
ou
Afonso Anes do Cotom
Nota geral
Esta cantiga, a que faltam as primeiras estrofes, dirigindo-se, como se percebe, contra um D. Fulano não identificado, é mais um dos jogos teológicos que os trovadores apreciavam e de que há outros exemplos nos Cancioneiros: aqui, o infinito poder de Deus não é capaz de tornar esse D. Fulano pior do que ele já é.Note-se que a cantiga tem uma estrutura requintada, com dobre nos 1º, 4º e 7º versos de cada estrofe.
Recursos Dobre
(vv. 1, 4 e 7 de cada estrofe)<br><i>poder</i> (I), <i>Deus </i>(II)