Nota geral
Esta cantiga, sem numeração própria e a que falta o primeiro verso, faz parte do numeroso grupo de sátiras contra as soldadeiras, na pessoa de uma delas, que Rodrigues Lapa1 identifica, na reconstituição que faz do primeiro verso (e que mantivemos) com Maria Peres Balteira, identificação que parece justificar-se, dadas as alusões que nela são feitas ao jogral Pero d'Ambroa, tantas vezes associado à famosa soldadeira.A cantiga desenvolve-se quase inteiramente como um suposto desabafo da soldadeira, seriamente indignada com os cantares (de escárnio, subentende-se) que o mesmo Pero d'Ambroa lhe teria feito (como, de facto, fez a Maria Balteira).
Referências
1
Lapa, Manuel Rodrigues
(1970),
Cantigas d'Escarnho e de Maldizer dos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses, 2ª Edição,
Vigo, Editorial Galaxia