Nota geral
O trovador começa por se dirigir ao seu coração, lamentando o mau conselho que lhe deu no dia em que o fez apaixonar-se pela sua senhora. Pois ela logo lhe fez conhecer as (péssimas) noites que o Amor dá àqueles que são seus prisioneiros. E nem nunca pensou que ela gostasse de o ver experimentar o tratamento que o Amor dá a esses prisioneiros: nunca lhes dar qualquer bem. De qualquer forma, não é do seu coração que ele se tem de queixar, mas de si mesmo, pois tem o que procurou. Outros foram mais sensatos do que ele, que acreditava poder vê-la e não sofrer depois as consequências. Se tivesse sido sensato, não teria imaginado tal coisa. Pois qualquer homem ajuizado, quando a ouve falar e vê a sua beleza, compreende que ele não deveria ter tido essas ilusões.Recursos Palavras Perduda
vv. 1, 4 e 7 de cada estrofe