Senhor fremosa, par Deus, gram razom

Nota geral

O trovador começa por dizer à sua senhora formosa que seria muito justo se ela se decidisse a ter dó dele, pois nunca desejou mais ninguém, desde que a conheceu. Nem desejará enquanto for vivo, pois nada lhe poderá arrancar do coração este amor, senão a morte. Pois sabe que, se algo, salvo a morte, fosse capaz de o levar a deixar de a amar, até poderia aceitar que fosse o prazer que sabe que ela sentiria se ele se afastasse (ele, mais do que qualquer outro). No entanto, acrescenta, não a ama para deixar de a amar (ou seja, não é um sentimento passageiro), mas sim para servi-la sempre, a ela, a mais bela e eloquente das donas. E só pede a Deus que, embora não tendo o seu favor, nunca permita que este amor termine, Porque vê-la (e não se afastar) é o maior bem que pode ter neste mundo.
Recursos Palavras Rima
(v. 7 de cada estrofe)<br><i>nom</i> (I, II), <i>desamar </i>(III, IV)