Quand'eu sobi nas torres sôbe'lo mar

Nota geral

Expressiva cantiga, que nos coloca no cenário bem concreto de uma cidade marítima fortificada, com as suas altas torres de vigia (Sevilha?), onde os homens de armas se treinam em jogos militares (o bafordo). Aqui é a donzela que passeia, solitária, entre os soldados das muralhas, percorrendo os lugares onde o seu amigo já não está, e recordando os momentos de amor ali passados e as prendas que então tinham trocado (o cinto que ele lhe dera, o cordão da camisa que ele lhe tinha roubado para logo lho devolver amorosamente). Saudade, mágoa e desejo, que ela sabe que são mútuos, é o que canta a donzela nesta bela cantiga.
Recursos Palavras Rima
(v. 4 de cada estrofe)<br><i>no coraçom </i>