A gram dereito lazerei

Em V, a cantiga vem atribuída a Airas Engeitado. No entanto, os testemunhos de B e C, que a atribuem ainda a Afonso Anes do Cotom (é a última de uma série de composições deste autor), bem como uma certa indefinição espacial da rubrica atributiva de V (que poderá dizer respeito apenas à cantiga seguinte), parecem indicar que ela será, efetivamente, de Cotom.
Afonso Anes do Cotom ou Airas Engeitado

Nota geral

O trovador considera que o sofrimento por que passou quando se afastou da sua senhora foi justo, pois nada mais deveria ter desejado do que "ser seu vassalo e ela minha senhora" (um refrão que resume bem a posição habitual da voz masculina da cantiga de amor). Afastando-se, por receio dela (outro dos tópicos habituais), agiu como uma criança (2ª estrofe). O também habitual elogio da dama encerra a cantiga (3ª estrofe).