Diogo Gonçalves de Montemor-o-Novo

Trovador tardio
Nacionalidade
Portuguesa

Notas biográficas

Autor tardio, que poderá talvez ser identificado com o Diogo Gonçalves presente no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, onde intervém, com uma ajuda, no conhecido "Processo de Vasco Abul". O seu interlocutor na composição espúria incluída nos cancioneiros medievais, Fernando de Ataíde (se é esta a leitura correta do seu nome), participa também na referida composição coletiva, o que poderá reforçar a identificação de ambos e remeter a sua atividade para finais do século XV e inícios do seguinte.
Segundo dados de Aida Fernandes Dias (cit. por Rodiño Caramés21), Diogo Gonçalves terá sido tabelião de Évora e ainda vivia em 1524. Quanto a Fernando de Ataíde, seria filho de D. Álvaro de Ataíde, um dos conspiradores contra D. João II. De qualquer forma, e uma vez que é possível encontrar homónimos nesta época, estes dados têm, como não pode deixar de ser, um caráter provisório.

Referências bibliográficas

1 Rodiño Caramés, Ignacio (1997), “Diogo Gonçalvez de Montemor-o-Novo: un exemplo de acrecentamento postrobadoresco nos cancioneiros galego-portugueses”, in Actas del VI Congreso Internacional de la Asociación Hispánica de Literatura Medieval, Tomo II, Universidade de Alcalá, Aceder à página Web
2 Tavani, Giuseppe (1993), "Diego Gonçalvez de Montemor-o-Novo", in Lanciani, Giulia e Tavani, Giuseppe (org.), Dicionário da Literatura Medieval Galega e Portuguesa, Lisboa, Editorial Caminho