Jogral medieval
Nacionalidade
Galega?
Notas biográficas
Nada se sabe sobre este autor, que, a julgar pela sua colocação nos cancioneiros, deverá ter sido jogral, como Lopo e Lourenço, os autores que o rodeiam. D. Carolina Michaëlis aventou a hipótese de ser leonês, natural da cidade de Galisteo (a forma correta para o seu nome sendo, neste caso, Fernandes de Galisteu)1. Na verdade, o topónimo Galisteu aparece numa cantiga de Martim Soares, aí certamente referindo não uma cidade leonesa, mas uma povoação a leste de Cáceres, na Extremadura espanhola. Seja como for, esta hipótese de se tratar de um erro na indicação do nome do jogral, não parece muito consistente. Resende de Oliveira2, mais uma vez atendendo à sua colocação nos manuscritos, supõe que seria galego e que teria desenvolvido a sua atividade por meados do século XIII. Recentemente, Souto Cabo3 dá como certa a sua origem na aldeia de Galisteu, na freguesia galega de Manhufe (conc. Gondomar), a 13 km de Vigo.Referências bibliográficas
1
Vasconcelos, Carolina Michaëlis de
(1990),
Cancioneiro da Ajuda, vol. II,
Lisboa, Imprensa nacional - Casa da Moeda (reimpressão da edição de Halle, 1904)
2
Oliveira, António Resende de
(1994),
Depois do espectáculo trovadoresco. A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos séculos XIII e XIV,
Lisboa, Edições Colibri
3
Souto Cabo, José António
(2018),
"Martim Codax e o fenómeno jogralesco na Galiza sul-ocidental", in The Vindel Parchment and Martin Codax. The Golden Age of Medieval Galician Poetry, edited by Alexandre Rodríguez Guerra and Xosé Bieito Arias Freixedo,
John Benjamins Publishing Company
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