Martim

Description / Notes

É possível que este jogral Martim seja algum dos jograis com este nome presentes nos cancioneiros (Martim Campina, Martim Codax, Martim de Caldas, Martim de Guinzo, Martim Padrozelos). Atendendo à existência de uma povoação chamada Guinzo no concelho de Barcelos, que é também a região de origem de João Garcia de Guilhade, A. da Costa Lopes defendeu que seria Martim de Guinzo o jogral aqui satirizado. Atualmente, no entanto, os investigadores inclinam-se mais para a naturalidade galega deste jogral (já que existe igualmente uma povoação de nome Guinzo na região de Pontevedra). De resto, como refere Resende de Oliveira, nada impede que as duas composições que referem Martim tenham tido como cenário a corte castelhana, por onde Guilhade passou, e onde se poderia ter cruzado com algum dos outros jograis homónimos presentes nos cancioneiros. Assim, não sendo claro o contexto do ataque de Guilhade, é difícil decidirmo-nos por qualquer deles.

É possível que este jogral Martim seja algum dos jograis com este nome presentes nos cancioneiros (Martim Campina, Martim Codax, Martim de Caldas, Martim de Guinzo, Martim Padrozelos). Atendendo à existência de uma povoação chamada Guinzo no concelho de Barcelos, que é também a região de origem de João Garcia de Guilhade, A. da Costa Lopes1 defendeu que seria Martim de Guinzo o jogral aqui satirizado. Atualmente, no entanto, os investigadores inclinam-se mais para a naturalidade galega deste jogral (já que existe igualmente uma povoação de nome Guinzo na região de Pontevedra). De resto, como refere Resende de Oliveira2, nada impede que as duas composições que referem Martim tenham tido como cenário a corte castelhana, por onde Guilhade passou, e onde se poderia ter cruzado com algum dos outros jograis homónimos presentes nos cancioneiros. Assim, não sendo claro o contexto do ataque de Guilhade, é difícil decidirmo-nos por qualquer deles.

Bibliographic references

1
2 Oliveira, António Resende de (1994), Depois do espectáculo trovadoresco. A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos séculos XIII e XIV, Lisboa, Edições Colibri