Fernão Rodrigues Pacheco

Descrição / Notas

Alcaide do castelo de Celorico da Beira, que se recusou a entregá-lo ao futuro Afonso III, por altura da guerra civil que conduziu à deposição de D. Sancho II. De facto, a Crónica de 1419 informa-nos de que Fernão Pacheco só entregou o castelo após ter tomado conhecimento da morte de D. Sancho em Toledo (relatando-nos também uma curiosa lenda sobre a tenaz resistência do alcaide: enquanto a fome flagelava os sitiados, uma águia deixa cair uma truta no castelo, e o alcaide, acompanhando-a com bom pão e bom vinho, manda entregá-la ao Conde, de forma a demonstrar-lhe que poderia aguentar perfeitamente o cerco). É possível que, após a morte do rei, Fernão Rodrigues se tenha dirigido a Sevilha, tendo participado na sua conquista, uma vez que o seu nome consta do Repartimiento da cidade. O certo é que regressou a Portugal, uma vez que o vamos encontrar, já em 1251, na corte de D. Afonso III. As Inquirições de 1258 dão-nos também testemunho da sua atividade, à altura, como prestameiro do rei, de novo em Celorico
Foi casado com Constança Afonso de Cambra, sobrinha de Martim Anes de Riba de Vizela, o que confirma a sua ligação a esta poderosa linhagem e explica o seu cargo (uma vez que os Riba de Vizela estavam fortemente implantados na região da Beira). A sua atuação específica na guerra civil poderá, pois, ser compreendida através da aliança aos Riba de Vizela, fiéis apoiantes de D. Sancho II.

Alcaide do castelo de Celorico da Beira, que se recusou a entregá-lo ao futuro Afonso III, por altura da guerra civil que conduziu à deposição de D. Sancho II. De facto, a Crónica de 1419 informa-nos de que Fernão Pacheco só entregou o castelo após ter tomado conhecimento da morte de D. Sancho em Toledo (relatando-nos também uma curiosa lenda sobre a tenaz resistência do alcaide: enquanto a fome flagelava os sitiados, uma águia deixa cair uma truta no castelo, e o alcaide, acompanhando-a com bom pão e bom vinho, manda entregá-la ao Conde, de forma a demonstrar-lhe que poderia aguentar perfeitamente o cerco). É possível que, após a morte do rei, Fernão Rodrigues se tenha dirigido a Sevilha, tendo participado na sua conquista, uma vez que o seu nome consta do Repartimiento da cidade. O certo é que regressou a Portugal, uma vez que o vamos encontrar, já em 1251, na corte de D. Afonso III. As Inquirições de 1258 dão-nos também testemunho da sua atividade, à altura, como prestameiro do rei, de novo em Celorico
Foi casado com Constança Afonso de Cambra, sobrinha de Martim Anes de Riba de Vizela, o que confirma a sua ligação a esta poderosa linhagem e explica o seu cargo (uma vez que os Riba de Vizela estavam fortemente implantados na região da Beira). A sua atuação específica na guerra civil poderá, pois, ser compreendida através da aliança aos Riba de Vizela, fiéis apoiantes de D. Sancho II1.

Referências bibliográficas

1 Ventura, Leontina (2006), D. Afonso III, Lisboa, Círculo de Leitores