- Tal vai o meu amigo, com amor que lh'eu dei

Nota geral

A moça diz à mãe que o seu amigo vai ferido de amor e morrerá, se ela dele não tratar. Mas a mãe diz-lhe para ela se precaver, pois já conheceu alguém que se fingiu muito infeliz para levar a melhor sobre ela.
Para além deste interessante diálogo entre uma voz enamorada e sonhadora e a voz da experiência (a que poderemos até dar um sentido terno, se subentendermos que aquele alguém é o pai da moça), saliente-se a belíssima imagem do cervo ferido pelo monteiro real, e que, tentando escapar, acaba por entrar no mar e aí morrer.
Note-se também a originalidade de ser esta uma cantiga paralelística sem refrão.