Nota geral
Apesar do jocoso ceticismo que Pedro Amigo de Sevilha exprime
numa cantiga quanto à capacidade de Pero d'Ambroa e João Baveca conseguiram levar uma tenção até ao fim (ou se calhar mesmo em resposta a esse ceticismo), o facto é que esta composição é a prova de que eles o conseguiram. Em cima da mesa está a discussão da sinceridade ou da boa execução formal dos cantares que João Baveca dizia. Não sabemos que cantares seriam esses ou quem seria o seu autor. De qualquer forma, é com o trovador ao serviço de quem João Baveca estaria que Pero d'Ambroa se mete aqui, mais do que com ele. Por uma vez, e contra o que é habitual no cancioneiro satírico, vemos um autor fazer a defesa de um outro, atacando ao mesmo tempo, como é da praxe, os cantares do seu adversário na tenção, Pero d'Ambroa.