Trovador ou Jogral medieval
Nacionalidade
Incerta
Notas biográficas
Quase nada sabemos sobre este autor, a não ser os dados que podem ser inferidos a partir das suas cantigas. Assim, as referências que nelas faz ao segrel Bernal de Bonaval ou à soldadeira Maria Balteira, bem como as tenções com Pedro Amigo de Sevilha ou Pero d'Ambroa situam-no seguramente em Castela, no segundo terço do século XIII, nas cortes de Fernando III e Afonso X.A sua qualidade de jogral parece depreender-se do lugar que ocupa nos cancioneiros, onde está integrado no grupo de jograis galegos, e também da tenção que mantém com Pero d'Ambroa, da qual parece depreender-se que estaria ao serviço de algum trovador. No entanto, como Resende de Oliveira não deixa de referir1, o Nobiliário do Conde D. Pedro menciona um Fernão Baveca (30BB5), segundo marido de D. Teresa Peres de Vide, sobrinha do trovador Fernão Fernandes Cogominho (e mesmo talvez por ele aludida numa sua composição), e seus filhos, Fernão e Afonso Baveca. O mesmo Fernão Baveca está igualmente documentado em Barroso, em meados do século XIII. Não sendo impossível que João Baveca pertencesse à mesma família, podendo, nesse caso, ser um cavaleiro português, faltam-nos dados para validar esta hipótese.
Referências bibliográficas
1
Oliveira, António Resende de
(1994),
Depois do espectáculo trovadoresco. A estrutura dos cancioneiros peninsulares e as recolhas dos séculos XIII e XIV,
Lisboa, Edições Colibri