Veestes-me, amigas, rogar

Nota geral

Possivelmente na sequência da zanga entre a donzela e o seu amigo, aludida nesta cantiga, e do pedido das amigas para ela ser clemente com ele, a donzela justifica-se: não o faz porque ele é um fala barato, e tudo, absolutamente tudo quanto ela lhe diz (ou dá) em privado passa imediatamente a ser conhecido por todas as outras. Traidor e cabeça de cão, é o que ele é! (embora, numa outra cantiga, ela lhe perdoe)
Esta nova cantiga de amigo auto-referencial (de um grupo mais vasto, aqui indicado) parece sê-lo duplamente: de facto, as queixas da donzela fornecem a matéria para todos estes irónicos e inteligentes cantares (que o seu amigo, João de Guilhade, faz, tal como fez este).