teer

Significado

achar, considerar

Cantigas em que ocorre o termo

Ora tenh'eu que hei razom
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 1) Ora tenh'eu que hei razom
Como vós sodes, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 9) por quite me tenh'eu d'haver
Se Deus me valha, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 16) mia senhor, por esto tever,
Que sem conselho que vós, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 23) per bõa fé, bem me dev'a teer
Muitas vezes em meu cuidar
João Soares Somesso

(Linha 13) e porque nom sab'amar, tem
Nom tenh'eu que coitados som
João Soares Somesso

(Linha 1) Nom tenh'eu que coitados som
O que conselh'a mim de m'eu quitar
Martim Soares

(Linha 11) que me terrá mia morte por melhor
De tal guisa me vem gram mal
Martim Soares

(Linha 9) e tenho que hei dereit'i
De tal guisa me vem gram mal
Martim Soares

(Linha 17) Quem me conselho der, terrei
Nom ouso dizer nulha rem
Martim Soares

(Linha 9) Por gram coita per tenho tal:
Por Deus vos rogo, mia senhor
Martim Soares

(Linha 13) terrá que faredes assi
Pola verdade que digo, senhor
Pero Garcia Burgalês

(Linha 15) E, mia senhor, quem vos nunca viu tem
Ai eu! que mal dia naci
Pero Garcia Burgalês

(Linha 15) E por gram coita tenh'atal
Senhor, que Deus mui melhor parecer
Rui Queimado

(Linha 21) tenho que nom há por que vos pesar.
Sempr'ando cuidando em meu coraçom
Rui Queimado

(Linha 18) o bem que lh'eu quero, tenho que nom
Nunca fiz cousa de que me tam bem
Rui Queimado

(Linha 8) E tenho que me fez Deus mui gram bem
Nom soube que x'era pesar
Vasco Gil

(Linha 15) Esta tenh'eu por la maior
Eu me coidei, u me Deus fez veer
João Soares Coelho

(Linha 8) Esto tiv'eu que m'havi'a valer
Da mia senhor, que tam mal dia vi
João Soares Coelho

(Linha 6) de saber o mal (e de me teer
[...] que me vós nunca quisestes fazer
Anónimo 2

(Linha 6) e terrei que me fazedes bem i.
De mia senhor entend'eu ũa rem:
Rui Pais de Ribela

(Linha 16) terria-m'eu que estava melhor:
Muitos me preguntam, per bõa fé
Fernão Gonçalves de Seabra

(Linha 10) me terriam; e digo-lhes eu al:
Pero eu dixe, mia senhor
Afonso Sanches

(Linha 19) de vós, terredes, ben'[o] sei,
Quantos ham gram coita d'amor
João Garcia de Guilhade

(Linha 15) E tenho que fazem mal sem,
Oí eu sempre, mia senhor, dizer
Paio Gomes Charinho

(Linha 10) aquesto diz; e o que assi tem
Quantos hoj'andam eno mar aqui
Paio Gomes Charinho

(Linha 6) a mui gram coita do mar e tẽer
Senhor fremosa, pois que Deus nom quer
Paio Gomes Charinho

(Linha 28) seja, ca esto tenh'eu por melhor:
A maior coita que eu vi sofrer
Fernão Velho

(Linha 7) E bem tenh'eu que faço gram razom
Muitos vej'eu per mi maravilhar
Fernão Velho

(Linha 6) ante terriam que faço razom.
Senhor fremosa, já nunca será
Anónimo 4

(Linha 19) E nom tenhades que vo-lo dig'eu
- Ũa pregunta quer'a 'l-rei fazer
Garcia Peres

(Linha 27) e muito tenh'ora que mui mais val
Pois mia ventura tal é já
D. Dinis

(Linha 9) E pois por bem nom teedes
Pois que vos Deus, amigo, quer guisar
D. Dinis

(Linha 6) E d'irdes i tenh'eu que mi fará
O que vos nunca cuidei a dizer
D. Dinis

(Linha 21) por gram mercee vo-lo [eu] terrei.
Que mui gram prazer que eu hei, senhor
D. Dinis

(Linha 4) tenh'eu por gram maravilha, senhor:
Senhor fremosa, por qual vos Deus fez
D. Dinis

(Linha 5) tenho que mi faríades gram bem:
Senhor, pois me nom queredes
D. Dinis

(Linha 2) fazer bem, nen'o teedes
Senhor, que de grad'hoj'eu querria
D. Dinis

(Linha 4) convosc'e por esto me terria
Quand'eu bem meto femença
D. Dinis

(Linha 13) E quem o assi nom tem,
O voss'amigo tam de coraçom
D. Dinis

(Linha 14) quer el catar que s'encobra; e tem
Vi-vos, madre, com meu amig'aqui
D. Dinis

(Linha 4) led', e tenho que mi faz Deus bem i,
Estes que agora, madre, aqui som
Estêvão Fernandes d'Elvas

(Linha 3) nom tenhades que o por al digo,
Estes que agora, madre, aqui som
Estêvão Fernandes d'Elvas

(Linha 5) terriam meu amigo por sandeu,
Ora, senhor, tenho muit'aguisado
Estêvão da Guarda

(Linha 1) Ora, senhor, tenho muit'aguisado
Ora, senhor, tenho muit'aguisado
Estêvão da Guarda

(Linha 13) e, mia senhor, em gram bem vos terria
Do que bem serve sempr'oí dizer
Estêvão da Guarda

(Linha 5) que nom tenho que, per meu bem servir,
Anda triste o meu amigo
Estêvão Reimondo

(Linha 8) mia madr', e tenho que seja morto
Já eu sempre mentre viva for, viverei mui coitada
João Lopes de Ulhoa

(Linha 5) E tenho que lhi fiz torto de me lh'assanhar doado,
Quando meu amigo souber
Rui Queimado

(Linha 5) muito terrá que baratou
Quiso-m'hoj'um cavaleiro dizer
Mem Rodrigues Tenoiro

(Linha 19) E tenho que desmesura fiz i,
- A voss'amig', amiga, que prol tem
Estêvão da Guarda

(Linha 10) - E nom tem el, amiga, que bem há
Foi-s'o meu amigo daqui
Pero da Ponte

(Linha 4) pudi, mais bem tenh'eu assi:
- Voss'amigo que vos sempre serviu
Paio Gomes Charinho

(Linha 14) que nom tenham por cousa desigual
Eia, senhor, aque-vos mim aqui!
João Mendes de Briteiros

(Linha 4) pois todo meu mal teedes por bem:
Que pret'esteve de me fazer bem
João Mendes de Briteiros

(Linha 6) tal que tevera que m'era gram bem.
A Santiag'em romaria vem
Airas Nunes

(Linha 4) em que tenho que me faz Deus gram bem:
Amigos, cuid'eu que Nostro Senhor
Martim Moxa

(Linha 20) e por en tenh'eu que faz sem razom
Atanto querria saber
Martim Moxa

(Linha 3) qual coita têm por maior:
Já eu nom am[o] a quem soía
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 7) Ca tenh'eu que meor coit'houvesse,
Em muit'andando, cheguei a logar
Martim Moxa

(Linha 9) se[m] mentir, e nem tever mal por bem,
Diz meu amigo que me serve bem
Gomes Garcia

(Linha 7) El tem ora que logo s'averrá
Ora nom dev'eu preçar parecer
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 9) ca nunca vos jamais por meu terrei,
Com coitas d'amor, se Deus mi perdom
João Airas de Santiago

(Linha 13) E[m] muito[s] cantares tenho que bem
Pero tal coita hei d'amor
João Airas de Santiago

(Linha 21) nen'o tenh'eu por de bom sem.
A por que perço o dormir
João Airas de Santiago

(Linha 18) terria-m'en por bem andante
Houvi agora de mia prol gram sabor
João Airas de Santiago

(Linha 15) E disse-m'ela: – Tenh'eu por melhor
A gram dereito lazerei
Afonso Anes do Cotom

(Linha 8) E [já] sempre por fol terrei
Se vos prouguess', Amor, bem me devia
Fernão Padrom

(Linha 18) nulha rem de quant'eu por bem terria.
Nostro Senhor Deus! Que prol vos tem ora
Pero da Ponte

(Linha 15) por fol tenh'eu quem por tal mundo chora
Algũa vez dix'eu em meu cantar
Martim Moxa

(Linha 4) muitos me têm por quite d'amor
Amigo, quando me levou
João Airas de Santiago

(Linha 19) E por amigo nom tenho
Vai-s', amiga, meu amigo daqui
João Airas de Santiago

(Linha 15) e nom lhi fiz bem, e tem que mal é,
Diz meu amigo tanto bem de mi
João Airas de Santiago

(Linha 4) têm que hei eu que lhi gradecer;
Diz meu amigo que, u nom jaz al
João Airas de Santiago

(Linha 5) mais onde tem el que o mato eu?
Quer meu amigo de mi um preito
João Airas de Santiago

(Linha 7) E digam-lhi por mi que nom tenha
A que mi a mi meu amigo filhou
João Airas de Santiago

(Linha 10) e ora tem que o levará assi,
Par Deus, senhor, muit'aguisad[o] hei
Lopo

(Linha 13) e u vos nom vir, bem terrei, mia senhor,
Bem vej'eu que dizia mia senhor
Lopo

(Linha 4) est'e terria-lho por grand'amor:
Diz meu amigo que lhi faça bem
João Servando

(Linha 3) eu por bem tenho de que lh'aqui vim
Que muito bem fez Deus a mia senhor
Rui Martins do Casal

(Linha 2) se por bem tem de lh'eu gram bem querer!
Nas barcas novas foi-s'o meu amigo daqui
Juião Bolseiro

(Linha 2) e vej'eu viir barcas e tenho que vem i,
- Por meu amig', amiga, preguntar-
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 18) nom fazer rem que mi tenham por mal.
- Pedr'Amigo, quer'ora ũa rem
João Baveca

(Linha 12) vos tenh'ora, que nom sabedes quem
- Por Deus, amiga, que pode seer
Galisteu Fernandes

(Linha 8) - Tenh'eu, amiga, que prol nom vos há
Já 'gora meu amigo filharia
Lourenço

(Linha 2) de mi o que el tiinha por pouco:
Atender quer'eu mandado que m'enviou meu amigo
João de Requeixo

(Linha 3) e por en tenh'eu que venha;
Alvar [Rodriguiz] vej'eu agravar
Estêvão da Guarda

(Linha 3) e tem que lh'ia melhor além mar
Alvar [Rodriguiz] vej'eu agravar
Estêvão da Guarda

(Linha 7) Tem el que faz dereit'em se queixar,
Um cavaleiro se comprou
Martim Soares

(Na rubrica)
Um cavaleiro se comprou
Martim Soares

(Linha 5) ante tenho que mercou mal,
Ũa donzela jaz [preto d]aqui
Martim Soares

(Linha 5) Dom Caralhot'enas mãaos; e tem,
Querri'agora saber de grado
Rui Queimado

(Linha 16) ante tenh'eu que é bem sabedor
Em gram coita andáramos com el-rei
Gonçalo Anes do Vinhal

(Linha 12) eu por infanções non'os terria,
Nom levava nem dinheiro
Gonçalo Anes do Vinhal

(Linha 5) que se tem por infançom;
Pero d'Ambroa, sempr'oí cantar
Gonçalo Anes do Vinhal

(Linha 11) por en têm que tamanho perdom
Joam Fernándiz, mentr'eu vosc'houver
João Soares Coelho

(Linha 8) já me terria eu por desleal,
Maria do Grave, grav'é de saber
João Soares Coelho

(Linha 16) tenho-m'end'ora por mais trobador;
- Pero Martiins, ora por caridade
Vasco Gil

(Linha 2) vós, que vos teedes por sabedor,
À lealdade da Bezerra, que pela Beira muit'anda,
Airas Peres Vuitorom

(Linha 3) Nom tem Sueiro Bezerra que tort'é em vender Monsanto,
Joam Soares, pero vós teedes
Airas Peres Vuitorom

(Linha 1) Joam Soares, pero vós teedes
- Lourenço jograr, hás mui gram sabor
João Garcia de Guilhade

(Linha 4) e teens-t'ora já por trobador;
Nunca [a]tam gram torto vi
João Garcia de Guilhade

(Linha 4) todo'lo têm por assi:
- Rei D. Afonso, se Deus vos perdom
Vasco Gil

(Linha 19) ante [o] tenho por trajeitador
Nom é Amor em cas d'e[l]-rei
Gil Peres Conde

(Linha 8) Têm que o nom sab'el-rei
Já eu nom hei por quem trobar
Gil Peres Conde

(Linha 18) nem me tenh'en por pecador,
- Ai, Pedr'Amigo, vós que vos teedes
João Vasques de Talaveira

(Linha 1) - Ai, Pedr'Amigo, vós que vos teedes
Fernam Diaz, fazem-vos entender
Estêvão Faião

(Linha 3) e nós teemos que vos é mal sem,
- Joam Baveca, fé que vós devedes
Pero Garcia de Ambroa

(Linha 4) tenh'eu de pram de vós que o sabedes,
Moitos s'enfingem que ham gaanhado
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 23) se [re]peendeu, bem tenho eu que nom
Nom sei no mundo outro homem tam coitado
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 12) e diz que sempre me terrá em vil
Achou-s'um bispo que eu sei um dia
Airas Nunes

(Linha 14) nom mi o tenhades vós por vilania.
Lourenço Bouçom, o vosso vilão
João Velho de Pedrogães

(Linha 13) se lhi com el nom fogides, terram
Loavam um dia, em Lugo, Elvira
João Romeu de Lugo

(Linha 4) e nom tenh'eu que diziam mentira,
Por Dom Foam em sa casa comer
Pero Viviães

(Linha 13) e del bem nem mal diz, tenh'eu por fol,
Por Dom Foam em sa casa comer
Pero Viviães

(Linha 20) e, mais que a bem, a mal lhe terrám
D'um tal ric'home ouç'eu dizer
Pero da Ponte

(Linha 21) quem tal home por rico tem.
D'um tal ric'home ouç'eu dizer
Pero da Ponte

(Linha 27) bom feit[o], e sempr'o terrei
Quem seu parente vendia
Pero da Ponte

(Linha 5) tenho que x'o venderia
De [Dom] Fernam Diaz Estaturão
Pero da Ponte

(Linha 28) terrá que morre por seer casado.
Eu, em Toledo, sempr'ouço dizer
Pero da Ponte

(Linha 12) (tenh'eu por mui bõa vileza assaz):
Pero d'Ambroa, tal senhor havedes
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 11) nom se terrá de vós por ajudado;
Lourenço nom mi quer creer
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 9) ũa antr'as cousas que el tem
Mim fez meter meu coraçom
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 13) Muito tenho que estou mal,