en

Significado

disso, disto

Cantigas em que ocorre o termo

Pois eu d'atal ventura, mia senhor
Rui Gomes, o Freire

(Linha 36) de morrer, e prazer-mi-á mais en
Assaz entendedes vós, mia senhor
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 8) e pero sei que sempre m'en verrá
Dê'lo dia em que eu amei
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 10) (que nada nom negarei en)
Ora tenh'eu que hei razom
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 6) de quand'en nom sabia rem?
Vedes, fremosa mia senhor
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 22) vos hei, nom vos falar[ei] en;
Pero que mia senhor nom quer
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 7) -lh'-ei, por Deus, que lhi nom pês en.
Nom há home que m'entenda
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 20) vida e nom mi dá grado,
Já m'eu quisera leixar de trobar
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 13) e nom atendo de m'en bem viir;
Que mal matei os meus olhos e mim
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 10) Porque o fiz, nom me poss'en salvar.
Grave dia naceu, senhor
Pero Garcia de Ambroa

(Linha 18) de vos pesar en ca morrer,
Por Deus, senhor, e ora que farei
Vasco Praga de Sandim

(Linha 5) per bõa fé, morrer com pesar en!
Se vos prouguesse, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 10) porque vos ora falei en.
Par Deus, mia senhor, enquant'eu viver
Vasco Praga de Sandim

(Linha 13) E mia senhor, direi-vos en com'é
O mui fremoso parecer
Vasco Praga de Sandim

(Linha 22) nom me seria en peor
Muitos têm hoje por meu trobar
Vasco Praga de Sandim

(Linha 16) e nunca m'en Deus leixe bem achar,
Deu'lo sab'hoje, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 11) e en nom poss'i fazer al;
Home que gram bem quer molher
Vasco Praga de Sandim

(Linha 14) se o cuidar, com pesar en.
Como vós sodes, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 12) Mais vós em preito sodes en,
Vós que mi assi coitades, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 4) hei eu, senhor, de me vos en quitar?
Se Deus me valha, mia senhor
Vasco Praga de Sandim

(Linha 14) de vós bem, se vos foss'en mal.
De coita grand'e de pesar
Vasco Praga de Sandim

(Linha 8) E, senhor, mais vos direi en:
Tanto me senç'ora já coitado
Vasco Praga de Sandim

(Linha 12) E inda vos mais direi en:
Agora m'hei eu a partir
João Soares Somesso

(Linha 7) e nom se pode guardar en.
Se eu a mia senhor ousasse
João Soares Somesso

(Linha 6) que o pesar que houvess'en
Senhor fremosa, fui buscar
João Soares Somesso

(Linha 8) por Deus; e se vos en pesar,
Quand'eu estou sem mia senhor
João Soares Somesso

(Linha 17) E nom sei en qual escolher,
Com vosso medo, mia senhor
João Soares Somesso

(Linha 6) e Deus nom m'en dê o poder,
Quer'eu agora já dizer
Nuno Anes Cerzeo

(Linha 15) de lhi haver a dizer en,
Mia senhor fremosa, direi-vos ũa rem:
Nuno Anes Cerzeo

(Linha 14) pero vem m'en coita grand'; e vos direi ar:
Agora me quer'eu já espedir
Nuno Anes Cerzeo

(Linha 32) meus dias, posso-m'en queixar.
Cuidava-m'eu, quando nom entendia
Paio Soares de Taveirós

(Linha 3) senhor fremosa, que m'en partiria
Muitos me vêm preguntar
Martim Soares

(Linha 4) com medo de vos pesar en,
O que conselh'a mim de m'eu quitar
Martim Soares

(Linha 21) bem terrei eu que escapará en;
Em tal poder, fremosa mia senhor
Martim Soares

(Linha 29) e, mia senhor, al vos ar direi en:
Tal hom'é coitado d'amor
Martim Soares

(Linha 17) amand'; e nunca m'en parti,
Pero que punh'em me guardar
Martim Soares

(Linha 7) os que m'e[n] nom leixam quitar.
Pois boas donas som desemparadas
Martim Soares

(Linha 4) mais quer'en duas per força prender,
Senhor, per vós sõo maravilhado
Pero Garcia Burgalês

(Linha 5) que vos vejo, por vos preguntar en
Senhor, per vós sõo maravilhado
Pero Garcia Burgalês

(Linha 20) dizede-me: por que vos pesa en?
Nostro Senhor! e por que mi fezestes
Pero Garcia Burgalês

(Linha 12) e, Nostro Senhor, mais Vos en direi:
Meus amigos, direi-vos que m'avém
Pero Garcia Burgalês

(Linha 4) seu nome; mais tanto vos direi en:
Por mui coitado per tenh'eu
Pero Garcia Burgalês

(Linha 25) dela, poila vi, hei-o en.
Ai eu! que mal dia naci
Pero Garcia Burgalês

(Linha 5) e faz e nom s'en quer quitar;
Par Deus, senhor, já eu nom hei poder
Pero Garcia Burgalês

(Linha 6) e o dormir, senhor, e praz-vos en
Nom me poss'eu, mia senhor, defender
Pero Garcia Burgalês

(Linha 10) de lhe fogir, ca nom hei en poder:
Mentre nom soube por mim mia senhor
Pero Garcia Burgalês

(Linha 3) de a veer nom lhe pesava en,
Eu me cuidava, quando nom podia
Pero Garcia Burgalês

(Linha 16) nom me guardei, nem fui en sabedor,
Nunca Deus quis nulha cousa gram bem
Pero Garcia Burgalês

(Linha 25) Mais - mal pecado! - nom hei en poder
Quand'eu mia senhor conhoci
Fernão Garcia Esgaravunha

(Linha 20) e provei-o, e pois, quand'en
Tod'home que Deus faz morar
Fernão Garcia Esgaravunha

(Linha 16) por gram coita, mim pregunt'en,
(Senhor genta)
João Lobeira

(Linha 32) que me nom posso en quitar
Se soubess'ora mia senhor
João Lobeira

(Linha 7) d'eu morrer, pois a mi praz en.
Senhor, que Deus mui melhor parecer
Rui Queimado

(Linha 27) E mia senhor, mais vos direi eu en:
Fiz meu cantar e loei mia senhor
Rui Queimado

(Linha 23) já que que[r] m'en fezera entender,
Sempr'ando cuidando em meu coraçom
Rui Queimado

(Linha 6) mais vee-la-ei pouco e irei en
Muit'aguisad'hei de morrer
Vasco Gil

(Linha 3) ante me prazeria en,
Que partid'eu serei, senhor
Vasco Gil

(Linha 15) e partir-s'-á en com razom,
Se vos eu ousasse, senhor
Vasco Gil

(Linha 4) pois fôssedes en sabedor,
Muito punhei de vos negar
Vasco Gil

(Linha 21) pero nom me poss'en partir,
Senhor fremosa, pois pesar havedes
Vasco Gil

(Linha 6) E mia senhor, pois que vos pesa en,
Punhar quer'ora de fazer
Vasco Gil

(Linha 7) que lhes verrá en muito mal,
Em grave dia, senhor, que vos vi
João Soares Coelho

(Linha 3) E por Deus, senhor, que vos nom pês en!
Pero m'eu hei amigos, nom hei ni um amigo
João Soares Coelho

(Linha 3) hei, nem ar hei a quem ous'en mais dizer; e digo:
As graves coitas, a quen'as Deus dar
João Soares Coelho

(Linha 27) pero nom lh'ous'en dizer nulha rem.
Senhor, por Deus que vos fez parecer
João Soares Coelho

(Linha 3) que vos nom pês de vos en preguntar
Com'hoj'eu vivo no mundo coitado!
João Soares Coelho

(Linha 14) muito m'en tenho por aventurado.
Senhor e lume destes olhos meus
João Soares Coelho

(Linha 10) ca estou de vós como vos en direi:
Deus, que mi hoj'aguisou de vos veer
João Soares Coelho

(Linha 6) E nunca vos mais direi en.
Da mia senhor, que tam mal dia vi
João Soares Coelho

(Linha 2) como Deus sabe, mais nom direi en
Dizem-mi as gentes por que nom trobei
Anónimo 2

(Linha 2) há gram sazom, e maravilham-s'en;
Muitos vej'eu que se fazem de mi
Anónimo 2

(Linha 9) e fazem-s'ora sabedores en;
Os que mui gram pesar virom, assi
Rui Pais de Ribela

(Linha 15) que morreria en polo mẽor,
Quand'hoj'eu vi per u podia ir
João Lopes de Ulhoa

(Linha 7) Preto fui en, que podera chegar,
Nostro Senhor! que nom fui guardado
João Lopes de Ulhoa

(Linha 13) assi coitado, vam en posfaçar
Aquestas coitas que de sofrer hei
Rodrigo Anes de Vasconcelos

(Linha 10) e destas coitas nom sei eu muit'en,
Preguntei ũa don[a] em como vos direi:
Rodrigo Anes de Vasconcelos

(Linha 9) Ela entom me disse: - Quero-vos en mostrar
Ai mia senhor! Vêm-me conselhar
Pero Mafaldo

(Linha 5) pero, senhor, nom m'en quer'eu quitar
- Senhor, por vós e polo vosso bem
Pero Mafaldo

(Linha 4) - Vedes, amig', o que vos farei en:
Senhor do mui bom parecer
Pero Mafaldo

(Linha 5) senhor, ar maravilham-s'en
Coitado vivo, há mui gram sazom
Afonso Mendes de Besteiros

(Linha 14) olhos e poderia en perder
Senhor fremosa, vejo-me morrer
Afonso Mendes de Besteiros

(Linha 26) co'[a] mia morte, pois a vós praz en.
Se hei coita, muito a nego bem
Fernão Gonçalves de Seabra

(Linha 6) que nom hei coit'a quem m'en preguntar.
Pois houvi o mal que eu sofro, punhei
Fernão Gonçalves de Seabra

(Linha 8) sem devinhá-lo, nem hei en pavor,
Nostro Senhor! quem m'hoj'a mim guisasse
Fernão Gonçalves de Seabra

(Linha 16) (pero mi a mi pesaria muit'en,
Muitos vej'eu que, com mêngua de sem
Fernão Gonçalves de Seabra

(Linha 7) nem catam mim a quem pesa muit'en!
Muitos me dizem que servi doado
Afonso Sanches

(Linha 23) quen'a donzela vir ficará en,
Pero eu dixe, mia senhor
Afonso Sanches

(Linha 14) que me nom tolhades vós en
Sempre vos eu doutra rem mais amei
Afonso Sanches

(Linha 6) se mi ar pês en por quanto mal me vem.
- Vaasco Martins, pois vós trabalhades
Afonso Sanches

(Linha 24) a mim en culpa nom devem poer,
- Senhor, veedes-me morrer
João Garcia de Guilhade

(Linha 4) nem vos queredes en doer!
Gram sazom há que eu morrera já
João Garcia de Guilhade

(Linha 8) nunca en parte soube mia senhor;
Muit'ando triste no meu coraçom
João Vasques de Talaveira

(Linha 4) e pesar-mi-á en, si Deus me perdom,
Estes que ora dizem, mia senhor
João Vasques de Talaveira

(Linha 3) pois en nunca per mi souberom rem,
Oí eu sempre, mia senhor, dizer
Paio Gomes Charinho

(Linha 3) ca o gram mal; e maravilho-m'en,
De quantas cousas eno mundo som
Paio Gomes Charinho

(Linha 2) nom vej'eu bem qual pod'en semelhar
Muitos vej'eu per mi maravilhar
Fernão Velho

(Linha 14) mi a dê, pero se maravilham en,
Mui gram poder há sobre mim Amor
Bonifaci Calvo

(Linha 5) ouso pensar sol de me queixar en,
Sempr'eu punhei de servir mia senhor
Vasco Peres Pardal

(Linha 16) pero vem-m'en mal por esta razom:
Dom Gonçalo, pois queredes ir daqui pera Sevilha
Afonso X

(Linha 26) u quer que mãao metestes, guarecendo, en saístes;
Bem sabia eu, mia senhor
Afonso X

(Linha 15) en viverei, ca já Paris
Pois que m'hei ora d'alongar
Afonso X

(Linha 14) e nunca vos mais direi en.
Par Deus, senhor
Afonso X

(Linha 18) de morrer en
Senhor, justiça viimos pedir
Afonso X

(Linha 9) pelos sinaes que nos el diss'en
Pero da Ponte, paro-vos sinal
Afonso X

(Linha 9) pesar-mi-á en, se vos pois a bem sal
Pois mia ventura tal é já
D. Dinis

(Linha 7) de vos amar nom vos pês en,
Senhor, dizem-vos por meu mal
D. Dinis

(Linha 8) que trobo porque me pag'en
Ora, senhor, nom poss'eu já
D. Dinis

(Linha 13) Vós veed'en como será;
Quer'eu em maneira de proençal
D. Dinis

(Linha 5) nem bondade; e mais vos direi en:
Mesura seria, senhor
D. Dinis

(Linha 4) e en mui grav'é voss'amor:
Nostro Senhor, se haverei guisado
D. Dinis

(Linha 7) lh'era tam grave, Deus foss'en loado!
O gram viç'e o gram sabor
D. Dinis

(Linha 20) err'em mim, mais dar-mi-á, cuid'en,
Senhor fremosa, vejo-vos queixar
D. Dinis

(Linha 10) par Deus, senhor, a mim pesa muit'en;
O meu amig', amiga, nom quer'eu
D. Dinis

(Linha 15) tant'haveria en coita forte,
Pesar mi fez meu amigo
D. Dinis

(Linha 10) por en sei, se en cuidasse,
- Dizede por Deus, amigo
D. Dinis

(Linha 10) - Si, senhor, e mais direi en:
Vi-vos, madre, com meu amig'aqui
D. Dinis

(Linha 2) hoje falar e houv'en gram prazer
De morrerdes por mi gram dereit'é
D. Dinis

(Linha 15) e, meu amigo, mais vos en direi:
Amiga, quem vos [ama]
D. Dinis

(Linha 14) [e] a mim pesa muit'en.
Por Deus, amiga, pês-vos do gram mal
D. Dinis

(Linha 7) De vos en pesar é mui gram razom,
O que me d'Ensar corrudo
Pero Larouco

(Linha 3) ainda en fi'de cornudo
Estraĩa vida viv'hoj'eu, senhor
Estêvão da Guarda

(Linha 14) o pesar é que vós tomades en,
Perdud'hei, madre, cuid'eu, meu amigo
Fernão Rodrigues de Calheiros

(Linha 22) e tornou-s'en sobre mi a folia
Par Deus, amigo, nunca eu cuidei
João Peres de Aboim

(Linha 9) ou em al que quer, prazer-m'-ia en,
Disserom-mi ora de vós ũa rem
João Peres de Aboim

(Linha 20) pesar-mi-á en, mais pero vingar-m'-ei.
Per bõa fé, mui fremosa sanhuda
João Soares Coelho

(Linha 2) sej'eu, e trist'e coitada por en
Amigo, queixum'havedes
João Soares Coelho

(Linha 10) nom sabedes vós en nada
Amigas, por Nostro Senhor
João Soares Coelho

(Linha 17) e venho-mi-vos en loar,
Amig', e nom vos nembrades
Fernão Fernandes Cogominho

(Linha 16) pois que vos dig'en verdade:
Par Deus, amiga, quant'eu receei
Gonçalo Anes do Vinhal

(Linha 19) guardar, seno[m] que[m] x'en del quer guardar;
Amigas, quando se quitou
Estêvão Travanca

(Linha 25) E sempre m'en mal acharei
O meu amigo, que [eu] sempr'amei
João Vasques de Talaveira

(Linha 9) que eu houv'en, poilo vi assanhar
Do meu amig'a que eu defendi
João Vasques de Talaveira

(Linha 3) alhur morar, ca mi pesava en,
Porque vos quer'eu mui gram bem
Nuno Peres Sandeu

(Linha 4) agora com ela por en,
Tanto falam do vosso parecer
Paio Gomes Charinho

(Linha 10) sábi[am] haver en - quem muito nom for
Par Deus, senhor, de grado queria
Paio Gomes Charinho

(Linha 10) por vós, senhor, e maravilh'é-m'en
Vedes, amigo, [o] que hoj'oí
Fernão Velho

(Linha 6) e pesar-mi-á en mais que outra rem.
Eu sei la dona velida
Pedro Anes Solaz

(Linha 11) nunca en seja vingada,
Pois vos ides daqui, ai meu amigo
Pero da Ponte

(Linha 8) mi tardastes, [ca] muit'hei en gram medo,
Foste[s]-vos vós, meu amigo, daqui
Reimon Gonçalves

(Linha 6) mais outra vez nom [m]'enguenedes en.
Roguei-vos eu, madre, há i gram sazom
Vasco Rodrigues de Calvelo

(Linha 3) que o viss'eu, e a vós nom prougu'en;
Porque no mundo mengou a verdade
Airas Nunes

(Linha 6) que nom podemos en novas haver,
Amor faz a mim amar tal senhor
Airas Nunes

(Linha 17) quer, nom lhe dê Deus al, pois s'en pagar.
Por vós, senhor fremosa, pois vos vi
Martim Moxa

(Linha 6) mais, quand'er cuido no mal que m'en vem
Que grave coita que m'é [de] dizer
Martim Moxa

(Linha 4) em vós e nom vos ous'en rem dizer.
Que mui gram prazer hoj'eu vi
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 10) senhor, e mais vos en direi:
I logo, senhor, que vos vi
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 25) se m'en nom quisera quitar;
Quand'eu nom podia veer
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 10) nom cuidava teer en rem
Que doo que agora hei
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 10) mais sei que mi verrá en mal:
Ora mi o tenham a mal sem
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 21) que nunca m'en pode partir
Pero tant'é meu mal d'amor
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 22) pero mais en querria haver,
A vossa mesura, senhor
Gomes Garcia

(Linha 13) por servir, nunca houve en rem,
- Ai madre, que mui[t'eu err]ei
Rui Fernandes de Santiago

(Linha 9) se vós en sabor havedes.
Andei, senhor, Leon e Castela
João Airas de Santiago

(Linha 4) que eu nom viss', e mais vos en direi:
Senhor fremosa do bom parecer
João Airas de Santiago

(Linha 14) por vós, se mi vos en venho queixar,
A por que perço o dormir
João Airas de Santiago

(Linha 18) terria-m'en por bem andante
Se eu podesse desamar
Pero da Ponte

(Linha 22) Vel que ousass'en preguntar
Pois me tanto mal fazedes
Pero da Ponte

(Linha 15) prasmada vos en veeredes,
Des quand'eu a mia senhor entendi
Vasco Rodrigues de Calvelo

(Linha 4) veed', amigos, como m'en parti:
Se eu ousass'a Maior Gil dizer
Vasco Rodrigues de Calvelo

(Linha 20) nem lho direi, ca lhe pesará en.
Algũa vez dix'eu em meu cantar
Martim Moxa

(Linha 25) já que lezer semelha que lh'en vem;
Entend'eu, amiga, per bõa fé
João Airas de Santiago

(Linha 19) E mal [l]h'en venh'a quem nom outorgar
- Meu amigo, quero-vos preguntar
João Airas de Santiago

(Linha 8) - Preguntade, ca hei en gram sabor.
Par Deus, amigo, nom sei eu que é
João Airas de Santiago

(Linha 20) dizede-mi-o, e já quê farei en.
Par Deus, mia madr', houvestes gram prazer
João Airas de Santiago

(Linha 3) e ora vem, e praz en muit'a mi;
Queixos'andades, amigo, d'amor
João Airas de Santiago

(Linha 3) bem, ca nom hei, sem meu dan', en poder,
Diz meu amigo tanto bem de mi
João Airas de Santiago

(Linha 14) com gram dereit', e al vos en direi:
Ir-vos queredes, e nom hei poder
João Airas de Santiago

(Linha 2) par Deus, amigo, de vos en tolher,
Mia senhor fremosa, por Deus
Pero de Ver

(Linha 16) nom vos queredes en doer;
Amor, bem sei o que m'ora faredes
Bernal de Bonaval

(Linha 7) viver, s'en bem fazer nom me queredes.
A dona que eu am'e tenho por senhor
Bernal de Bonaval

(Linha 2) amostrade-mi-a, Deus, se vos en prazer for,
- Abril Pérez, muit'hei eu gram pesar
Bernal de Bonaval

(Linha 37) bem, e creede-m'en, se vos prouguer:
Um dia vi mia senhor
João Servando

(Linha 14) que lhis diga en verdade,
Dê'lo dia 'm que m'eu quitei
Pero de Armea

(Linha 7) d'u ela é; pois m'en quitei,
A maior coita que Deus quis fazer
Pero de Armea

(Linha 13) Houv'en tal coita qual vos eu direi:
Muitos dizem que gram coita d'amor
João Baveca

(Linha 20) en maior coita ca mi por vós vem.
- Vejo-vos, filha, tam de coraçom
Pero de Ver

(Linha 2) chorar tam muito que hei en pesar
- Joam Soárez, de pram as melhores
Juião Bolseiro

(Linha 18) nom criou mês, e mais vos en direi:
O meu amig', amiga, vej'andar
Martim Campina

(Linha 16) pero direi-vos quant'aprendi en:
Madr'e senhor, leixade-m'ir veer
Martim de Caldas

(Linha 8) vee-lo-ei, madre, se vos prouguer en;
Mandad'hei migo qual eu desejei
Martim de Caldas

(Linha 4) que nulha rem nom vos en negarei:
Disserom-vos, meu amigo
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 9) falei por vos pesar en;
- Par Deus, amiga, podedes saber
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 4) de falar mig', e morr'en com pesar?
Sei eu, donas, que nom quer tam gram bem
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 10) sem fala já, e houv'en gram pesar
- Como cuidades, amiga, fazer
João Baveca

(Linha 9) do que m'el fez, e, se vos en pesar,
Amigo, vós nom queredes catar
João Baveca

(Linha 8) a tal sazom que houv'en tal pavor
Madr', o que sei que mi quer mui gram bem
João Baveca

(Linha 5) por mi d'amor, e, se vos prouguer en,
Foi-s'o namorado, madr', e nom o vejo
Paio Calvo

(Linha 2) e viv'en coitad', e moiro com desejo;
Deus! e que cuidei a fazer
Martim Padrozelos

(Linha 13) e fiz, porquanto m'en parti,
And'ora trist'e fremosa
Lopo

(Linha 6) ca sei que mal [l]hi verrá en.
Meu amigo sei ca se foi daqui
Galisteu Fernandes

(Linha 10) o que del est, e mais vos en direi:
Fui eu, madr', a Sam Momed', u me cuidei
João de Cangas

(Linha 3) por mui fremosa, que triste m'en parti!
- Que adubastes, amigo, alá em Lug'u andastes
Fernando Esquio

(Linha 3) - Direi-vo-lo eu, senhora, pois m'en tam bem preguntastes:
Rui Gonçálviz, pero vos agravece
Estêvão da Guarda

(Linha 10) e como s'en Joan'Eanes dol,
- Vós, Dom Josep, venho eu preguntar
Estêvão da Guarda

(Linha 33) vós, Dom Estêvam, sodes en bem fiz
Martim Gil, um homem vil
Estêvão da Guarda

(Linha 12) que nom cuida en guarir;
Em tal perfia qual eu nunca vi
Estêvão da Guarda

(Linha 24) que é meiada ou mui preto en.
A mi dizem quantos amigos hei
João Fernandes de Ardeleiro

(Linha 4) Digo-lhis eu como vos en direi:
A mi quer mal o infançom
Lopo Lias

(Linha 5) e pesa-m'en e é-mi mal
A dona fremosa do Soveral
Lopo Lias

(Linha 6) ca nom fez en nada;
Joam Fernándiz, um mour'est aqui
Martim Soares

(Linha 21) de guisa que vos sempr'en doeredes.
Fernam Díaz, este que and'aqui
Pero Garcia Burgalês

(Linha 9) qual no mund'outro nom pod'en saber,
Roi Queimado morreu com amor
Pero Garcia Burgalês

(Linha 9) que quer gram bem; e mais vos en diria:
Querri'agora saber de grado
Rui Queimado

(Linha 14) en posfaçar e tam mal deostado.
- Joam Soárez, nom poss'eu estar
João Peres de Aboim

(Linha 9) vosso trobar e muito m'en rii;
Joam Fernándiz, mentr'eu vosc'houver
João Soares Coelho

(Linha 13) E direi-vos eu quant'en vimos nós:
Joam Garcia tal se foi loar
João Soares Coelho

(Linha 8) E oí noutro dia en queixar
Vem um ric'home das truitas
Rui Pais de Ribela

(Linha 5) compra en duas pequenas,
Pedr'Amigo duas sobêrvias faz
Lourenço

(Linha 2) ao trobar, e queixa-se muit'en
Martim Vásquez, noutro dia
Pedro, conde de Barcelos

(Na rubrica)
Vej'eu mui bem que por amor
João de Gaia

(Linha 15) e vós tomastes en pesar;
Come asno no mercado
João de Gaia

(Linha 20) en poiando cada dia,
Em gram coita vivo, senhor
João de Gaia

(Linha 12) E, senhor, muito me praz en,
Pero d'Ambroa prometeu, de pram
João Baveca

(Linha 14) ............................. en buscar
Correola, sodes adeantado
Airas Peres Vuitorom

(Linha 21) vos saíd'en com o rostro britado.
- Lourenço jograr, hás mui gram sabor
João Garcia de Guilhade

(Linha 18) mais en nom quero tigo pelejar;
- Muito te vejo, Lourenço, queixar
João Garcia de Guilhade

(Linha 8) - Joam Garcia, se vos en pesar
Lourenço, pois te quitas de rascar
João Garcia de Guilhade

(Linha 21) que en nom ria mui de coraçom;
Vedes agora que mala ventura
Vasco Peres Pardal

(Linha 18) o nom guarisse; mais vos en diria:
- Pedr'Amigo, quero de vós saber
Vasco Peres Pardal

(Linha 28) xi quer meter e qual quer saca en.
Jograr, três cousas havedes mester
Gil Peres Conde

(Linha 2) pera cantar, de que se paguem en:
Os vossos meus maravedis, senhor
Gil Peres Conde

(Linha 10) ou à mia mort', ou que mi farám en?
Já eu nom hei por quem trobar
Gil Peres Conde

(Linha 18) nem me tenh'en por pecador,
- Joan'Airas, ora vej'eu que há
João Vasques de Talaveira

(Linha 7) o mui gram mal que vos sempr'en verrá.
- Joam Baveca, fé que vós devedes
Pero Garcia de Ambroa

(Linha 23) saber de mim do que vos já dix'en:
Abadessa, oí dizer
Afonso Anes do Cotom

(Linha 8) Ca me fazem en sabedor
Meestre Nicolás, a meu cuidar
Afonso Anes do Cotom

(Linha 28) tod'o homem que en seja sa[bedor].
Bem me cuidei eu, Maria Garcia
Afonso Anes do Cotom

(Linha 3) que me nom partiss'en de vós assi
Bem me cuidei eu, Maria Garcia
Afonso Anes do Cotom

(Linha 19) ante mui bem; e mais vos en direi:
Se eu no mundo fiz algum cantar
Pero Garcia de Ambroa

(Linha 16) assi s'ach'en com[o] eu ou peior!
Moir, e faço dereito
Vidal

(Linha 10) ca me nom poss'en guardar.
Dom Pedro, est[e] cunhado d'el-rei
Fernão Rodrigues Redondo

(Linha 10) e que compre de vos en mais dizer?
[...] E pero Deus há gram poder
Pero Viviães

(Linha 8) do que é já, nom há en poder.
Dom Afonso Lopes de Baiam quer
Paio Gomes Charinho

(Linha 28) a madeir', e seerá-l[h]i en melhor.
Quem a sesta quiser dormir
Pero da Ponte

(Linha 8) Ainda vos en mais direi
Maria Pérez, a nossa cruzada
Pero da Ponte

(Linha 11) ca, pois o cadead'en foi perder,
De [Dom] Fernam Diaz Estaturão
Pero da Ponte

(Linha 12) e mais vos [en] direi, se vos prouguer:
- Dom Garcia Martĩins, saber
Pero da Ponte

(Linha 29) dizê-la; e se s'en queixar,
Eu, em Toledo, sempr'ouço dizer
Pero da Ponte

(Linha 4) ca mi fui eu a verdad'en saber:
Pois [que] vos vós cavidar nom sabedes
Pero da Ponte

(Linha 16) pois vos en Deus deu tamanho poder,
Maria Balteira, que se queria
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 5) E dixi-lh'eu log'entom: - Quant'en sei,
Lourenço nom mi quer creer
Pedro Amigo de Sevilha

(Linha 4) e pero, se mi creess'en,